6 mitos e verdades sobre a hérnia de disco
Entenda as causas e os tratamentos para essa doença comum que atinge jovens e pessoas mais velhas
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 5 milhões de pessoas no Brasil sofrem com a hérnia de disco, sendo a segunda maior causa de afastamento do trabalho no país. A doença, que pode ser desencadeada por fatores como sobrepeso, sedentarismo e até tabagismo, afeta principalmente pessoas entre 35 e 60 anos, mas vem se tornando cada vez mais comum entre os jovens devido ao aumento da obesidade e da falta de atividade física.
Para entender melhor o que é mito e o que é verdade sobre a hérnia de disco, o neurocirurgião do Hospital Santa Catarina – Paulista, Dr. Osmar José Santos de Moraes, esclarece os pontos mais comuns sobre a doença.
1. O tratamento da hérnia de disco sempre requer cirurgia
Mito. Apesar de ser uma condição preocupante, a boa notícia é que, na maioria dos casos, a hérnia de disco pode ser tratada sem a necessidade de cirurgia. “Muitas pessoas acreditam que, ao ser diagnosticada com hérnia de disco, a única opção é a cirurgia. No entanto, em 90% dos casos, é possível tratar a doença sem intervenção cirúrgica”, explica o Dr. Osmar Santos.
O tratamento geralmente envolve fisioterapia, atividades de fortalecimento muscular e mudanças de hábitos, como correção da postura e controle do peso. A cirurgia é indicada apenas em casos de compressão neurológica, que são raros.
2. O tratamento conservador para hérnia de disco pode ser eficaz
Verdade. De acordo com o neurocirurgião, o tratamento conservador, que inclui fisioterapia, exercícios de fortalecimento da musculatura abdominal e cuidados posturais, pode ser altamente eficaz. “A hérnia de disco pode ser tratada com mudanças de hábitos e exercícios, pois dois terços da sustentação da coluna vêm da musculatura abdominal”, afirma o Dr. Osmar Santos. O foco deve ser no fortalecimento muscular e na adoção de um estilo de vida saudável para evitar sobrecarga na coluna.
3. Só pessoas mais velhas sofrem de hérnia de disco
Mito. Embora o pico de incidência ocorra entre 35 e 60 anos, a hérnia de disco está se tornando cada vez mais comum entre os jovens. “O aumento da obesidade e da falta de atividade física entre os mais jovens tem feito com que os casos de hérnia de disco se tornem mais frequentes nessa faixa etária”, explica o neurocirurgião.
A hérnia de disco pode irradiar a dor para as pernasAmnaj Khetsamtip / Shutterstock | Portal EdiCase
4. A dor causada pela hérnia de disco pode irradiar para outras partes do corpo
Verdade. Um dos sintomas mais comuns da hérnia de disco é a dor lombar, que pode irradiar para os membros inferiores. “A dor pode começar na região lombar e, com o tempo, pode descer para as pernas, piorando com o tempo, especialmente quando a coluna é forçada. Essa dor é um sinal claro de que é necessário procurar um especialista”, afirma o Dr. Osmar Santos.
5. A hérnia de disco é exclusivamente causada por fatores genéticos
Mito. Embora a predisposição genética possa ser um fator, a hérnia de disco é frequentemente desencadeada por uma combinação de fatores ambientais. “Pessoas que não praticam atividades físicas, têm sobrepeso ou fumam estão mais suscetíveis a desenvolver a doença, mesmo que não haja histórico familiar”, explica o neurocirurgião do Hospital Santa Catarina – Paulista.
6. O diagnóstico da hérnia de disco é feito apenas por exame físico
Mito. Embora o exame físico seja essencial, o diagnóstico da hérnia de disco envolve também exames de imagem, como a tomografia e a ressonância magnética, que ajudam a determinar a gravidade e a localização da lesão. “O exame físico e a anamnese ajudam a identificar os sintomas, mas os exames de imagem são cruciais para determinar o tamanho da lesão e o melhor tratamento”, ressalta o Dr. Osmar Santos.
Fonte: Gaúcha ZH
Foto: decade3d - anatomy online / Shutterstock | Portal EdiCase
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