Falta de diagnóstico agrava quadro de pacientes reinfectados por dengue no RS, dizem especialistas
Estado já soma mais de 9 mil casos confirmados e 15 mortes pela doença em 2023
A falta do diagnóstico de dengue no Rio Grande do Sul impacta no agravamento da doença. A preocupação vem dos especialistas em saúde e reforça a importância dos cuidados para evitar a reinfecção.
''É importante lembrar que são quatro sorotipos diferentes da dengue. Portanto, teoricamente, uma pessoa pode ter até quatro vezes dengue. Quando ela [a doença] retorna, é com maior gravidade. Então, este é sempre o receio: o retorno da dengue com cada vez mais sintomas mais graves e que, infelizmente, podem levar ao óbito'', pontua o epidemiologista e professor da UFRGS, Paulo Petry.
Em 2023, o RS já registrou mais de 9 mil casos de dengue, conforme a Secretaria Estadual da Saúde. Quase 6 mil casos estão sob investigação. Quinze pessoas morreram por causa da doença. Apesar da importância de saber sobre a constatação da dengue, não há uma estimativa sobre reinfecção.
''Não é um objeto da Vigilância fazer essa relação de reinfecção do indivíduo, mas a gente faz um monitoramento, dentro de uma localidade, para saber qual o sorotipo que tá circulando, porque isso mostra a potencialidade de casos graves'', explica o diretor-adjunto do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Marcelo Vallandro.
O principal vetor da dengue é o mosquito Aedes aegypti. O vírus é transmitido para humanos por meio da picada da fêmea do mosquito infectado (não existe transmissão de uma pessoa para outra).
A limpeza para eliminação de criadouros com água parada e o uso de inseticida nos municípios são algumas das medidas de prevenção. O uso de repelentes e mosquiteiros também são alternativas.
Sintomas da dengue
- Febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias
- Dor atrás dos olhos
- Dor de cabeça
- Dor no corpo
- Dor nas articulações
- Mal-estar geral
- Náusea
- Vômito
- Diarreia
- Manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira
Vacinas contra a dengue
A Anvisa já aprovou duas vacinas contra a dengue. Ambas estão disponíveis apenas na rede privada, mas têm características diferentes.
A Dengvaxia é indicada para indivíduos de 9 a 45 anos com infecção prévia por dengue (é preciso fazer o teste sorológico para saber se já teve a doença) e seu esquema de administração consiste em três doses, que devem ser intercaladas num intervalo de seis meses.
Já a TAK-003, da Takeda Pharma, está liberada para a faixa etária de 4 a 60 anos, com ou sem infecção prévia. Ela é aplicada em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. Ela é composta por quatro sorotipos diferentes do vírus da dengue.
Fonte: G1/RS
Foto: Freepik
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